RH Master Skills: Como a comunicação não violenta e inteligência emocional podem ajudar a criar times fortes e engajados?

O nosso evento RH Master Skills, 100% online, gratuito e voltado para profissionais de RH que precisam desenvolver talentos com as skills do agora, aconteceu em setembro de 2021 com a presença da Thayna Meirelles, que está no nosso curso Comunicação Não Violenta, e é especialista em Empatia, Escuta e Comunicação Não Violenta e fundadora da CNV Konekti. Ela abordou a temática da comunicação não violenta (CNV). É possível assistir ao webinar completo se cadastrando nesta página!

Quando falamos nesse tema, é comum que muitas pessoas pensem em uma maneira “fofa”, “calma” e “amigável” de falar. Apesar de as ideias não estarem completamente longe disso, a comunicação não violenta é um conceito sério, amplo e muito importante para a vida das pessoas — especialmente no âmbito profissional.

Para entender como ela funciona, é preciso voltar um pouco no tempo. 

Entenda mais a seguir!

O que, de fato, é a CNV?

A CNV surgiu em meados de 1960. Seu criador é Marshall Rosenberg. Mas o que é mais interessante é a motivação por trás do desenvolvimento da comunicação não violenta! 

O conceito estava na cabeça de Rosenberg há anos, enquanto ele mesmo vivia experiências em que percebia ser necessário encontrar a melhor forma de comunicar com seus pares. Vivências como o bullying e convivências em contextos violentos o levaram a seguir a carreira de psicólogo e colaborar grandiosamente para que, hoje, milhares de profissionais trabalhem a inteligência emocional.

Segundo Thayna, “na vida, tendemos a perceber as pessoas como vilões ou mocinhos, vítimas ou culpados. Contudo, essas opiniões são formadas apenas pela nossa perspectiva! Nesse sentido, a comunicação não violenta — uma das soft skills mais usadas pelos profissionais de Recursos Humanos — propõe uma mudança na forma dicotômica de pensar”.

Assim, em vez de olhar para o certo ou errado da nossa própria mente, passamos a observar o que realmente é importante para os seres humanos. Assim, podemos tirar o julgamento e a crítica da nossa fala, focando em pontos como:

  • consideração;
  • liberdade;
  • confiança;
  • afeto;
  • participação;
  • paz;
  • reconhecimento, entre outros.

Por fim, é interessante usar uma frase do próprio criador para pensar a CNV: “toda violência é uma manifestação trágica de uma necessidade não atendida”. Portanto, a ideia é justamente entender que a fala ou ato violento do outro diz respeito a uma tentativa de atender às necessidades dele, e não diretamente a você.

Qual é a relação entre comunicação não violenta e inteligência emocional?

De modo geral, uma depende da outra. Considerando que a inteligência emocional é a maneira mais eficiente de lidar, compreender e expressar emoções, é fundamental passar por cada um desses processos nos moldes da CNV.

Vamos a um exemplo. Imagine que você está conduzindo um processo de recrutamento e seleção e reprova um candidato, permitindo que os mais alinhados ao fit da empresa passem de fase. O reprovado decide, então, enviar diversas mensagens agressivas a você, criticando seu trabalho, a empresa e o processo.

Sem inteligência emocional, você poderia se sentir pessoalmente ofendido e responder de forma pouco empática ou, até mesmo, insultuosa às características do candidato. Ou seja, de maneira oposta ao que a CNV prega. 

Por outro lado, com boas práticas de inteligência emocional, conseguiria conter as emoções no momento, entender que a ira do candidato diz respeito a ele e suas necessidades não atendidas e praticar a comunicação não violenta.

Entende como desenvolver talentos como os trazidos neste conteúdo pode impactar diretamente sua forma de trabalhar e lidar com problemas desgastantes de RH?

Como desenvolver inteligência emocional com a CNV?

Agora que você sabe que é importante trabalhar ambas as soft skills em simultâneo e que elas são muito proveitosas para o trabalho, vamos às dicas práticas. Conforme Thayna ensina no webinar, a ideia é trabalhar com três frentes: pensamento, linguagem e ação. Entenda!

Pensamento

A CNV não diz respeito apenas ao outro. Nas palavras de Thayna: “para nos comunicarmos de forma não violenta, precisamos entender quais necessidades estamos tentando atender em nossa mente. Ou seja, o que é importante para nós”. 

Após fazer isso, é hora de incluir a terceira parte. O que importa para o outro, nessa situação? Ao entender os dois lados da moeda, fica mais fácil usar a inteligência emocional para se comunicar melhor.

Linguagem

A comunicação não violenta também diz respeito à escuta. Por isso, é fundamental trabalhar a empatia. Desse modo, é possível ler as entrelinhas por trás do que está explícito na fala do outro. Em seguida, é relevante buscar por uma devolutiva honesta e objetiva. 

Isto é, deixar claro para quem te escuta o que é importante para você e como ele pode atender àquilo — sem invadir seus limites.

Ação

O foco final da CNV está na ação. É por meio dela que conseguimos expressar e atender nossas necessidades e as dos outros. Ao se comunicar, pense sempre nas melhores formas conscientes de contribuir para as demandas de terceiros. 

Aqui, a palavra-chave é liberdade! Quando nos sentimentos obrigados a oferecer essa contribuição, tendemos a não fazer de bom grado. Por outro lado, quando podemos escolher, se torna muito mais fácil executar atividades que contribuam para o bem-estar daqueles com os quais nos comunicamos.

Lista rápida de hábitos alinhados à CNV

Por fim, Thayna trouxe 6 atitudes simples ao webinar, que ajudam você a trabalhar tanto a comunicação não violenta quanto a inteligência emocional. São elas:

  1. separar observações de avaliações, pensamentos de sentimentos, emoções de necessidades;
  2. reconhecer e nomear o que sente;
  3. assumir responsabilidade pelos sentimentos;
  4. fazer escolhas conscientes para cuidar de demandas;
  5. aprender a pedir o que deseja;
  6. não levar nada para o pessoal.

No Novo Normal, precisamos reinventar as maneiras de trabalhar. Atualmente, a comunicação é digital. Porém, é importante saber que, ainda assim, é possível aplicar a CNV e a inteligência emocional!

Em termos de resultados e performance, por exemplo, há quem se pergunte como cobrar a equipe da forma certa. Conforma Thayna aponta: “a verdade é que é preciso clarear os acordos! Datas de entrega, resultados esperados, metas… Nada é óbvio demais!” É possível lidar com tudo isso, especialmente no RH, com inteligência emocional.

E agora que você sabe tudo sobre o assunto, está mais que preparado para lidar com as situações do dia a dia e de Recursos Humanos. Basta continuar a desenvolver talentos e soft skills e se tornar, cada dia mais, o profissional que não só você sonha em ser, mas também que sua equipe precisa!

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